Polêmica envolvendo Prince, Warhol e fotógrafa de celebridades vai à Suprema Corte dos EUA

Os nove juízes da Suprema Corte dos Estados Unidos assumiram o papel de críticos de arte nesta quarta-feira (12), quando debateram se uma fotógrafa deveria ser compensada por uma foto que tirou de Prince e que Andy Warhol usou em um de seus trabalhos.

Em um tom mais leve do que a maioria dos casos que chegam ao tribunal, os argumentos estiveram repletos de referências à cultura pop, que foram do seriado de sucesso “Mork & Mindy” ao filme de terror “O Iluminado”, de Stanley Kubrick.

O caso, Fundação Andy Warhol para Artes Visuais vs. Goldsmith, pode ter consequências de longo prazo para a lei de direitos autorais dos Estados Unidos e para o mundo da arte em geral.

O caso surge a partir de uma fotografia em preto e branco de Prince, tirada em 1981 pela fotógrafa de celebridades Lynn Goldsmith.

Em 1984, quando o álbum “Purple Rain” estava se tornando um sucesso, Warhol foi convidado pela Vanity Fair para criar uma imagem para acompanhar um artigo sobre o músico na revista.

Warhol usou uma das fotos de Goldsmith para produzir uma imagem serigrafada de Prince com um rosto roxo, no estilo de cores vivas que o artista tornou famoso em seus retratos de Marilyn Monroe.

Goldsmith recebeu o crédito e recebeu US$ 400 pelos direitos de uso único.

Depois que Prince morreu em 2016, a Fundação licenciou outra imagem do músico feita por Warhol a partir da mesma foto para a editora da Vanity Fair, Conde Nast.

A Conde Nast pagou à Fundação uma taxa de licença de US$ 10.250. Goldsmith não recebeu nada e alega que seus direitos autorais sobre a foto original foram infringidos.

Fonte G1

Fer Machado

Diretor Artístico Rádio UCSfm

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