Fim de uma era: fabricantes de carros decidem remover Rádio AM de novos modelos
O automóvel ainda é um meio que nos conecta ao rádio. No entanto, a Rádio AM parece estar caindo em desuso de acordo com dados obtidos por fabricantes de carros, ainda que este permaneça relativamente popular no Brasil.
De olho na queda cada vez mais brusca do sistema AM, várias montadoras anunciaram que não terão mais a ferramenta de baixa frequência em seus modelos de carros mais novos. Algumas, aliás, já estão implementando a remoção da função, que vem sendo substituída pelo streaming e preterida pela frequência FM em muitos locais.
De acordo com o The Washington Post, a decisão de eliminar o acesso ao rádio pelas fabricantes foi influenciada pela redução de sua base de consumidores aliada à composição dos motores elétricos que interrompem seu sinal.
Dessa forma, ao menos nos EUA, fabricantes como BMW, Mazda, Polestar, Rivian, Tesla, Volkswagen e Volvo já removeram o recurso de áudio de seus veículos elétricos, enquanto a Ford anunciou que estenderá a eliminação para futuros modelos elétricos e movidos a gás.
O Mustang 2024, por exemplo, será o primeiro deste último grupo a chegar ao mercado sem a opção de rádio AM. Já a General Motors, montadora americana com mais vendas, ainda não apresentou seus planos para o futuro neste sentido.
Enquanto isso, montadoras japonesas como Nissan, Toyota e Honda se posicionaram contra a crescente tendência e vêm defendendo pontos favoráveis das rádios AM, como a oferta exclusiva de reportagens locais, atualizações críticas ao vivo sobre condições meteorológicas extremas e até fácil acesso a personalidades para os mais conservadores.
De acordo com a Consequence, a recente decisão da Ford foi apoiada por dados da empresa que indicavam que a rádio AM representava menos de 5% da audiência no carro. Por outro lado, a National Association of Broadcasters estimou que 82 milhões de americanos ouvem estações AM a cada mês.
Um estudo recente de análise de dados de ouvintes pela Edison Research também rechaça a ideia de que o público do rádio seria um grupo demograficamente envelhecido, pois os ouvintes da Geração Z ainda optam regularmente pelas rádio AM e FM. Eu quero o meu toca fitas!!!!